"Porque se tem direito ao grito, então eu grito."

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pelo avesso

O comportamento doce se esgotou, seus olhos mudaram de cor.
Se tornaram gradativamente mais escuros
transbordando lágrimas de horror.
Os lábios, duramente pressionados um contra o outro
não atrevem a se abrir.
Os dentes rangem no mínimo encostar.
Sente cada célula do seu corpo se expandir
dando a impressão de que vão estourar.

Sorrir nem tenta, não consegue ser falsa a esse ponto.
Está sozinha em seu canto,
liberando seus prantos.
Preocupada apenas em ser esquecida,
em não ser lembrada,
em se transformar em um oco nada.

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