"Porque se tem direito ao grito, então eu grito."

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Em um segundo... se foi.

Forço o ar para dentro dos pulmões para conter os soluços, mas o cheiro de seu perfume contamina-me o olfato.
Atônita, contemplei minhas lagrimas que encharcavam a terra fofa.

Não podia acreditar que o que eu achava ser verdadeiro não era...
As batidas de seu peito que eu julguei serem apaixonadas, não eram para mim.
Por que me enganastes entao?
Meu pescoço ainda formiga no lugar onde você encostou seus lábios pela última vez.
Minha boca permanece entre aberta na esperança de recebe-los de volta.

Abri os olhos: nada, escuro.
Nem rastro, nem sinal de sua existência naquele local.
Contrai-me inteira tentando amenizar a dor que explodia em meu peito, mas não adiantara.

Debrucei-me e finalmente algo justo aconteceu: o chão me engoliu e me poupou a dor.

Hoje naquele mesemo local germinou uma flor, que mesmo sem cor, permanece bela, como foi meu amor por você.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Libertando-me

Segue seco, quente e áspero.
Corroi por onde passa, comprime, grita e explode.
O fogo se espalha pelos corredores do meu abrigo com raiva,
mas eu não corro.
Sinto o cheiro da minha pele queimando... mas eu gosto.
Quero virar cinza logo.