"Porque se tem direito ao grito, então eu grito."

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Vácuo latente

Não quero olhar-te nos olhos,
nem sentir teu toque arrepiar-me a pele.
Não quero me afogar em teu abraço,
presa em vosso falso laço de paixão ininterrupta,
que me sufoca e que me usa, que me arranca a importância,
que de forma intensa me cansa.
Não quero ouvir-te a voz,
nem me lembrar das vezes em que ficamos a sós...

Não quero mais ter que gritar-te o nome.

3 comentários:

  1. Às vezes é melhor assim, minha pequena poeta. :)

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  2. não grite
    nem olhe-me nos olhos
    ou sinta meu toque a arrepiar tua pele fria

    não te afogue em meus braços
    ou te enforque de paixão nessa minha paixão
    que é forca

    não escute da minha voz o som
    ou tua minha sombra de esperança
    um desejo forte de estar mais perto

    não estarei
    — não mais, nunca mais —
    contudo serei em ti
    no hesitar que precede teu sono
    no arfar suave do teu alívio ou desespero
    na tua presença ausente, tua lembrança
    eu serei em ti eternamente
    presente.

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  3. só uma correção, digitei errado um dos versos:
    é ou "na tua sombra de esperança"

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