"Porque se tem direito ao grito, então eu grito."

segunda-feira, 15 de março de 2010

Faísca

Na noite fria senti teu toque quente.
Teus olhos pairaram sobre os meus como se dissessem algo
mas não consegui adivinhar ao certo o que espremiam.
Tua boca me devorava por inteira, de forma ansiosa como se quisesse arrancar algo de mim.
Não o reprimi, deixei que sua vontade me contaminasse também.
Me aquecendo, te puxando violentamente para mais perto,
querendo que acima de nós houvesse se desfeito o teto
para que as estrelas nos iluminassem naquela noite cálida,
enquanto teus lábios limpavam-me a alma.

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