"Porque se tem direito ao grito, então eu grito."

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Oco

Eu acordo e o sinto.
Respiro e o sinto.
Durante o sono eu o sinto.
Nos momentos felizes eu o sinto.
Nas horas tristes eu o sinto com maior intensidade.
Que agonia, que coisa indevida essa que reside em mim.
Implorando todos os dias para seres preenchido, ele grita, ele chuta, ele me ataca por dentro.
Acendo um cigarro na esperança de acalmá-lo.
Um mal tentando apagar outro mal, mas que delícia é nao senti-lo nem que seja por alguns segundos.
A fumaça consegue preencher o vazio por alguns momentos, me poupando seu eterno sofrimento.
Que ilusão, nada irá mudar quando o efeito passar.
Ele continuará lá, me castigando, me pressionando, exigindo seu preenchimento por inteiro.
Eis a carência, eterna ausência.
A falta que o meu coração me faz.

Um comentário:

  1. você já não me surpreende, estrela.
    brilha, brilha que a sua luz me alimenta a alma!
    é maravilhoso vê-la viver e sentir!

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