"Porque se tem direito ao grito, então eu grito."

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Flor

O que fizestes comigo? Não reconheço mais minha face no reflexo do espelho.
Como? Por quê?
Tomastes de meu corpo todo o calor.
Atastes meus punhos e meus tornozelos para que eu não encostasse em nenhum outro do modo como encostei em ti.
Isso é cruel!
Parece que me fora drenado todo o carinho que me restava e não tenho mais para oferecer a quem merece, a quem eu quero oferecer, a quem eu não quero perder, mas sinto que já o perco a cada segundo que se passa...
Sulgastes de mim toda minha energia, meu perfume, me deixaste acompanhada somente pelas lamúrias da minha sina.
Não quero mais ter que continuar repetindo o mesmo pranto.
Estou com medo, estou murchando.

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